sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

João Pessoa me traz lembranças de uma semana de letras & mágicas.

Já passa das 3 da madrugada e uma propaganda na TV me fez lembrar dias passados que foram hoje; esse horário, contigo, depois do programa de TV. Não era um ambiente nosso, uma casa nossa, um sofá ou uma rede nossa. Não era a nossa cidade, mas a gente fez tudo parecer nossa casa, cantinho só nosso. 
Lembro da euforia que meu coração sentiu quando você chegou naquela cidade. 
A gente só precisava arrumar as coisas pra poder se encontrar. 
Eu já tinha minha mentira ensaiada na ponta da língua e você só tinha que resolver seus problemas burocráticos. Coisa de congresso. 
Destrinchei minha mentira, pus os planos em prática e descobri o ônibus que me levaria ate você. Parece bobo, mas passei a tarde toda escolhendo a roupa e testando os perfumes pra você ter o melhor de mim, pro primeiro olhar de impacto te deixar mais apaixonado do que você já estava naquela altura do campeonato. 
A gente costumava discutir por qualquer besteira. Hoje consigo sorrir das suas grosserias, mas na hora doía, porque mesmo que eu soubesse que era impulso e que às vezes nem era aquilo que você queria dizer/fazer, machucava. Mas logo você esquecia e me procurava todo bobo de novo... me chamando de broto e com uma doçura que fazia valer o apelido de louco bipolar que te dava em seguida.                         
Não sei o que representou pra você aquela semana em João Pessoa. Pra mim, sinceramente, foram dias incrivelmente mágicos. “Dias mágicos”: não há definição melhor. Lembro de cada momentinho vivido naquela semana (até hoje guardo tua pulseira do congresso que não me permite esquecer a data e me traz até o cheiro do teu perfume, que não está mais lá, só que meu olfato faz questão de imaginar tudo).                                                      
Que esforço danado que foi pra eu acordar cedinho pra me despedir dos dias mágicos. Voltar a realidade foi tão difícil, que até hoje não somos ‘nós’ por causa dela. Ou de mim.                          
Mas voltando a parte dos sorrisos, da propaganda do programa de TV que citei lá no alto e que foi o que me fez chegar até aqui, queria poder te contar do quanto aquela semana representou pra mim. Andar por aqueles ares desconhecidos, tomar sucos e mais sucos de maracujá, litros de Carreteiro, ver o quanto você estava realizado em me ter ao teu lado, sorrindo grande, discreto, com medo de se entregar – aquele medo que eu vivia escancarando. 
Que dias, que dias.. 
Espero que teus olhos tenham enxergado o tanto de reciprocidade que tinha em todo aquele afeto. Acho que em todos os dias da minha vida, nunca fui tão sincera e tão feliz quanto naquela semana.
A Universidade Federal da Paraíba ficou pequena pro tanto de amor e felicidade que aquele banquinho enfrente aos dormitórios e com um telefone público super frequentado puderam presenciar.
Dias mágicos, meu amigo, dias mágicos.

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