"Eu e ela somos co-autores de uma paixão aguda e insana, um caso complexo, narrado por dois “escritores” verdes. Uma história de leitura custosa, altamente abandonável.
No entanto, não se engane, não é que seja ruim ou chata ou desprezível. Quantos livros você largou na juventude simplesmente porque não estava com tempo, com o espírito e a paciência, com o clima necessário para cruzar a linha final? E eram criações ruins? Talvez não. Vai ver não era o momento certo.
E quem vai dizer que, no futuro – ou um dia desses, na próxima década, sei lá – você não vai esbarrar com o clássico na prateleira de uma biblioteca pública e lembrar com carinho do dia em que tentou encarar a personagem e o enredo, porém, por vários motivos você não o fez, não foi até o fim. Certos amores também são assim, eu acho."
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